Nikoláj Andréevich Rímskij-Kórsakov — transliteração de Никола́й Андре́евич Ри́мский-Ко́рсаков
Tikhvine, Rússia, 18 de março de 1844 — Lioubensk, Rússia, 21 de junho de 1908
Catálogos: Opus 1 a 63
Catálogos: RK 1 a 49 (complementar, organizado em 1970 pelo filho do compositor, o musicólogo Andrej R.-Korsakov)
Tikhvine, Rússia, 18 de março de 1844 — Lioubensk, Rússia, 21 de junho de 1908
Catálogos: Opus 1 a 63
Catálogos: RK 1 a 49 (complementar, organizado em 1970 pelo filho do compositor, o musicólogo Andrej R.-Korsakov)
Ele foi membro do Grupo dos 5 ou "Turba poderosa" — a bem da verdade, o mais talentoso deles — e aplicava com fervor as premissas dos ideais do grupo capitaneado por Balakirev à sua música: temas oriundos do canto litúrgico ortodoxo, canções folclóricas, a atmosfera oriental, tudo aquilo que imprimia a sensação de nacionalismo russo num momento dominado pelas obras de Nikolaj Rubinstein, à qual esse grupo aplicava a pecha de "General da Música alemã".
Como seus colegas da "Turba", não tinha a música como atividade principal. Nascido numa família com longa tradição na Marinha Imperial, o mar era seu ambiente e ganha-pão até 1873. Depois foi professor no Conservatório de São Petersburgo, e dentre seus alunos estavam Glazunov, Prokofiev, Respighi e Stravinsky.
No fim do século XIX conheceu fama internacional, por suas obras mas também como regente, apresentando-se na Exposição Universal de Paris em 1899, num concerto de obras russas que deixou forte impressão no jovem Ravel.
Apesar da filosofia musical de Rimsky e dos outros do "Grupo dos 5" ser diametralmente oposta a Tchaikowsky e tudo o que ele representava, houve muito respeito entre os dois, e Tchaikowsky chegou a ajudá-lo quando pode e mantiveram uma relação de cordialidade e frequentes visitas.
Sua grande afinidade musical foi mesmo com Mussorgsky, amigo que morreu bem antes dele (1881) e cuja obra ele preocupou-se em completar a orquestração que faltava das partituras não publicadas, chegando a compor trechos incompletos, como fez para a ópera "Boris Godunov". O mesmo faria para obras de Borodin, que morreu em 1887, com destaque para "Príncipe Igor". Ambas, tarefas hercúleas, que lhe tomaram precioso tempo e mostram sua generosidade.
Rimsky-Korsakov era um orquestrador nato e sua maestria na costura dos sons sinfônicos o coloca ao lado de Berlioz e Mahler. Embora o ouçamos hoje muito mais por sua produção sinfônica — na verdade seus grandes Poemas Sinfônicos mais que suas Sinfonias — ele foi o mais prolífico operista da Rússia, com 15 títulos, dentre dramas históricos e algumas lendas fantásticas.
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