Agostino STEFFANI

Agostino Steffani — também grafado Stefani

Castelfranco (à época na Repubblica di Venezia), 25 de Julho de 1654 — Frankfurt, 12 de fevereiro de 1728

Catálogo: organizado por Alfred Einstein e Adolf Sandberger em 1912

De 1664 a 1667 ele é listado como um dos meninos-soprano da Basílica de Santo Antônio em Pádua e provavelmente foi aluno do Maestro local; são registradas atuações em Ferrara, Vicenza e Veneza. Em 1667, por seu talento musical, é levado para Munique pelo Príncipe-Eleitor da Baviera, Ferdinando Maria, lá ficando por 21 anos como cantor. Viajou a Roma muitas vezes, e cantou no Palácio do Cardeal Ottoboni, sobrinho do Papa Alexandre VIII e grande patrono musical, tendo sido o principal apoiador de Corelli. 

Em 1678 viajou a Paris e teve contato com Lully. Durante essa viagem, o Príncipe-Eleitor morre e seu sucessor e filho, Maximiliano II, assume. Com o novo príncipe, Steffani tem muito mais espaço para sua música, é nomeado diretor dos músicos de câmara e tem sua primeira ópera estreada. E sua primeira missão como diplomata secreto acontece entre 1682 e 1684, quando ele vai às cortes de Hannover, Viena e Düsseldorf investigar as possibilidades do casamento de seu patrão com a Princesa Sofia Carlota de Hannover (futura Rainha da Prússia ao casar com Frederico I). 

Em 1688, insatisfeito por nunca chegar a Kapellmeister, deixa a corte de Munique para trabalhar para o Duque Ernesto Augusto em Hannover, que construiu um teatro magnífico, contratou cantores italianos e deu a Steffani o cargo tão sonhado. 

Em 1691 é enviado a Viena como diplomata para negociar a elevação de Hannover a Eleitorado, o que é conseguido em 1692. Em 1693 é enviado a Bruxelas, onde seu ex-patrão Maximilano II desempenhava o comando dos então chamados Países Baixos Espanhóis como representante do Imperador, para conseguir o reconhecimento de Hannover como Eleitorado. Acaba ficando lá de 1696 a 1702, empenhado em convencer Maximiliano II a permanecer ao lado do Imperador na Guerra de Sucessão Espanhola, ao invés de aderir a Luís XIV de França, o que acabou acontecendo.

Exausto da missão diplomática, deprimido, ele volta a Hannover em 1702, só encontrando consolo na música. Em 1703 vai para Düsseldorf trabalhar na corte do Eleitor Palatino, João Guilherme, mas como conselheiro político, deixando a música de lado. Suas partituras circulavam atribuídas a seu copista, Gregorio Piva. 

Em 1709 vai para Roma, mediar um conflito entre o Papa Clemente XI e o Imperador José I da Áustria. Agradecido com a negociação, o Papa nomeia Steffano como Prelado e depois Vigário Apostólico do norte germânico; ele escolhe Hannover como base. 

Ele só vai voltar-se de novo à música a partir de 1720, e será escolhido presidente da Academia de Música Vocal de Londres em 1727. Neste mesmo ano vai para Frankfurt, mas já estava com a saúde frágil e lá ele morre no ano seguinte.

© RAFAEL FONSECA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, ao postar seu comentário, não deixe de incliur seu endereço eletrônico, para que possamos manter contato! (R. F.)