(1910) RAVEL Pavana para uma princesa morta

Pavane pour une infante défunte

Compositor: Maurice Ravel
Número de catálogo: M 19-b
Data da composição: 1899 (na versão para piano); 1910

Estréia: 25 de dezembro de 1911 na Salle Gaveau em Paris — Alfredo Casella regendo a Orchestre de la Société des Concerts Hasselmans

Duração: cerca de 6 minutos
Efetivo: 2 flautas, 1 oboé, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 1 harpa, as cordas (primeiros- e segundos-violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)

Esta foi a segunda partitura de Ravel a merecer publicação, em 1900, e apesar de alguns esforços que ele fez para ocultar a peça, que achava simples e pobre, faria a orquestração ele 10 anos depois, devido à popularidade que a música alcançou.

A obra foi dedicada à Princesa de Polignac, Winnaretta Singer, a rica herdeira das fábrica de máquinas de costura, grande patronesse de música. O título pouco explica a peça, então vamos colocar as coisas em seus devidos lugares: a princesa em questão seria uma infanta espanhola que Ravel quis ter como inspiração, uma dessas que aparecem em quadros de Velázquez (razão pela qual ela já está morta no título, não seria uma música fúnebre) e ela estaria dançando uma Pavana, a dança lenta e solene típica nas cortes espanholas do século XVI. 

Assez doux, mais d'une sonorité large — Très lointain — Très grave
(Bastante suave, mas com um som amplo — Muito distante — Muito sério)
Trata-se de um exercício de estilo, remeteria o ouvinte ao ambiente cortês do Renascimento. Mas o colorido da peça orquestrada mais leva a um sinouso flerte com o Art-Noveau então em voga nas artes decorativas que propriamente o desejo historicista do compositor. Junto com o indispensável Bolero, essa Pavana é das peças mais famosas de Ravel. 

© RAFAEL FONSECA


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