Grande Concerto Concertante (título original, em italiano)
Concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra
Compositor: Ludwig van Beethoven
Número de catálogo: Opus 56
Data da composição: 1803/1804 com revisões em 1807
Estréia: maio de 1808, em Viena — Beethoven ao piano, Anton Kraft no violoncelo e Ignaz Schuppanzigh no violino
Duração: cerca de 35 minutos
Efetivo: 1 piano, 1 violino, 1 violoncelo (solistas);
Efetivo: 1 flauta, 2 oboés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpano e as cordas (primeiros- e segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixo)
Concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra
Compositor: Ludwig van Beethoven
Número de catálogo: Opus 56
Data da composição: 1803/1804 com revisões em 1807
Estréia: maio de 1808, em Viena — Beethoven ao piano, Anton Kraft no violoncelo e Ignaz Schuppanzigh no violino
Duração: cerca de 35 minutos
Efetivo: 1 piano, 1 violino, 1 violoncelo (solistas);
Efetivo: 1 flauta, 2 oboés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpano e as cordas (primeiros- e segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixo)
Muito já se escreveu para comparar este Concerto, em desvantagem, com as obras concertantes de Beethoven da mesma época, o Terceiro Concerto para piano, de 1800 e os que estavam em gestação, o Quarto Concerto para piano e o para violino, ambos de 1806. Em primeiro lugar, uma reflexão necessária: as possibilidades da retórica musical quando se tem duas vozes (solista e orquestra) não podem ser aplicadas no caso desta obra com 4 vozes a "concertar", quais sejam os três solistas e a orquestra. E há um dado histórico que deve ser considerado, pois Beethoven tinha em mente seu aluno e principal patrono, o Arquiduque Rodolfo (irmão do Imperador), à época com 16 anos para a parte solista do teclado, e por isso, certamente, facilitada.
Outro aspecto interessante de observar é que o violoncelo, dentre os 3 solistas o de sonoridade mais tímida e menos brilhante, acaba por receber o privilégio das melhores e mais belas frases. Talvez não só por seu caráter mais intimista, mas também por ser, nesta circunstância, um instrumento a explorar, pois há — e havia na época — muito mais literatura de concertos para violino ou piano que para violoncelo.
São 3 os movimentos:
I. Allegro (Rápido) — cerca de 18 minutos
Contrariando o esperado em Beethoven, o Concerto começa de maneira discreta, ganhando corpo aos poucos na introdução para, ao entregar a música ao primeiro solista, justamente o violoncelo, este poder iniciar confortavelmente em seu registro mais grave. A melodia do tema principal é altiva, mas não atinge o heroísmo das obras características de Beethoven neste período (o ano da Sinfonia Heróica!). Logo, segue ao violoncelo o violino, e depois o piano, e a seguir a orquestra, num jogo em 4 partes que permanece equilibrado ao longo do movimento.
II. Largo (Bem devagar) — cerca de 5 minutos
No segundo movimento o violoncelo entoa a primeira frase, apoiando-se numa suave base oferecida pelas cordas da orquestra. Depois, durante o resto deste movimento, que funciona um pouco como introdução ao Rondò seguinte, o violino estará sempre junto o violoncelo, tendo piano e orquestra a comentar.
— attacca:
III. Rondò alla polacca (sem interromper: Cíclico, à moda polonesa) — cerca de 13 minutos.
A parte mais instigante da obra é este finale, que começa imediatamente na frase de transição do violoncelo — sempre ele — que finaliza o movimento lento. O tema é rico, e será explorado em (quase) condição de igualdade pelos 3 solistas e orquestra. O ritmo é o da dança polonesa, e a conversa entre os solistas ganha animação e verve. A obra caminha para sua conclusão festiva, num jogo de concordância entre as forças que lembra mesmo uma alegre conversa entre amigos. Ao final, chego à conclusão que este Concerto mereceria mais destaque do que vem recebendo ao longo do tempo...
© RAFAEL FONSECA
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