Compositor: Richard Strauss
Número de catálogo: Opus 11 / TrV 117
Data da composição: 1882 a 1883
Estréia: 4 de março de 1885 em Meiningen — Gustav Leinhos na trompa e regência de Hans von Bülow
Duração: cerca de 17 minutos
Efetivo: 1 Trompa solista — 2 Flautas, 2 Oboés, 2 Clarinetas, 2 Fagotes, 2 Trompas, 2 Trompetes, Tímpanos, e as Cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
Número de catálogo: Opus 11 / TrV 117
Data da composição: 1882 a 1883
Estréia: 4 de março de 1885 em Meiningen — Gustav Leinhos na trompa e regência de Hans von Bülow
Duração: cerca de 17 minutos
Efetivo: 1 Trompa solista — 2 Flautas, 2 Oboés, 2 Clarinetas, 2 Fagotes, 2 Trompas, 2 Trompetes, Tímpanos, e as Cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
Strauss deixou 2 Concertos para trompa em seu legado: este, de 1883, escrito aos 23 anos de idade; e outro da maturidade, posterior ao primeiro em 6 décadas! Sua intimidade com o instrumento era enorme e emotiva — seu pai, Franz Joseph Strauss, era trompista principal da Orquestra da Corte em Munique e conhecido pela Europa como "o Joachim da trompa" (em alusão ao violinista Joseph Joachim, grande virtuoso do violino a quem Brahms dedicou seu Concerto).
Pois foi ao pai que esta partitura tinha dedicatória. E mais que isso, a estética do Concerto foi concebida para agradar-lhe. Homem de opiniões conservadoras — ao menos no campo musical, ao que sabemos — e temeroso do efeito que as novas sonoridades teriam nas composições do filho, o velho Franz insistia que Richard afastasse das searas desbravadas por um Brahms ou um Wagner (nomes em voga, a vanguarda de então) e mirasse sua vocação no elegante estilo de Mozart, Haydn e Mendelssohn.
Obedecendo a estrutura clássica do Concerto, temos 3 movimentos:
I. Allegro (Rápido) — cerca de 6 minutos
II. Andante (Passo de caminhada) — cerca de 5 minutos
III. Rondò: Allegro (Em ciclo: Rápido) — cerca de 5 minutos
O surpreendente é que, escrito 100 anos depois, este é como se fosse uma obra de Mozart redivivo. Strauss soube dedicar ao pai uma obra exatamente na estética a qual ele adorava. Mas não que seja uma imitação, ou pasticho. Não há nada que possa desabonar o jovem compositor. O solista é exigido de forma heróica, a invenção melódica é criativa e original, o acompanhamento orquestral — tal como se fazia no Classicismo — é elegante e contido.
© RAFAEL FONSECA
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