São obras musicais criadas em função do teatro, e mais tarde para o cinema. Antes do advento da reprodução de som gravado, era comum que as encenações teatrais contassem com um pequeno efetivo orquestral para embalar dramaticamente a ação de palco. Era comum que os compositores criassem partes cantadas (árias ou até coros) que eram inseridas no decorrer da peça.
As Músicas de cena mais célebres são "Egmont" de Beethoven para a peça de Goethe, "Sonhos de uma noite de verão" de Mendelssohn para o texto de Shakespeare e "Peer Gynt" de Grieg para o texto de Ibsen.
Depois da possibilidade de se escolher música pré-gravada, a tradição de escrever Música de cena migrou no início do século XX para o cinema e passou a ser chamada de Música incidental (ou, popularmente, trilha-sonora). Saint-Saëns criou a primeira música para m filme em 1908, "O assassinato do Duque de Guise".
As trilhas-sonoras também podem ser a escolha de outras de peças já escritas, clássicas ou não, e o cinema em alguns casos ajudou obras clássicas a alcançarem notoriedade popular, como aconteceu com "Assim falou Zaratustra" de Richard Strauss no filme "2001" de Stanley Kubrick.
© RAFAEL FONSECA