Symphonie avec organ, a la mémoire de Franz Liszt
Compositor: Camille de Saint-Saëns
Número de catálogo: Opus 78
Data da composição: 1885/1886
Estréia: 19 de maio de 1886 — St. James Hall, Londres, regência do autor
Duração: de 33 a 40 minutos
Efetivo: 1 órgão, 1 piano (tocado a 4 mãos), 3 flautas (1 alternado com piccolo), 2 oboés, 1 corne-inglês, 2 clarinetas, 2 fagotes, 1 contra-fagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, tímpanos, triângulo, pratos, caixa-clara e as cordas (primeiros-violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
Compositor: Camille de Saint-Saëns
Número de catálogo: Opus 78
Data da composição: 1885/1886
Estréia: 19 de maio de 1886 — St. James Hall, Londres, regência do autor
Duração: de 33 a 40 minutos
Efetivo: 1 órgão, 1 piano (tocado a 4 mãos), 3 flautas (1 alternado com piccolo), 2 oboés, 1 corne-inglês, 2 clarinetas, 2 fagotes, 1 contra-fagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, tímpanos, triângulo, pratos, caixa-clara e as cordas (primeiros-violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
Apesar do número 3, ela é a Quinta e última Sinfonia do compositor, já que duas de suas Sinfonias de juventude não são incluídas nos catálogos tradicionais. Apesar de incluir o órgão e o piano na partitura, vale ressaltar que não há solo desses instrumentos, mas sim sua participação no tecido orquestral compondo um colorido todo especial, que traz a esta obra um sabor único.
Ao saber da morte de Liszt, Saint-Saëns resolveu homenagea-lo com a dedicatória, nesta obra que havia sido encomendada pela Sociedade Filarmônica de Londres (a mesma que cerca de meio século antes havia encomendado uma obra a Beethoven, levando-o a compor sua Nona e última Sinfonia).
São 4 movimentos, mas que aparecem ligados formando 2 partes. O órgão só toca nos movimentos pares e o piano só entra nos dois últimos:
I. Adagio — Allegro moderato — attacca: II. Poco Adagio
(Confortavelmente — Rápido moderadamente — sem interrupção: Confortavelmente, com leveza)
— cerca de 9 minutos, o primeiro movimento, e 8 minutos o segundo
Como uma Sinfonia Clássica, ela inicia-se lentamente, um Adagio evocativo, com belas intervenções dos sopros, principalmente das flautas. Logo passamos ao tema, que vai percorrer toda a obra, apresentado com respiração sôfrega das cordas. Estabelece-se um tom épico, de grande jornada, e fanfarras são chamadas a elevar a música às grandes alturas. As idéias musicais vão se dissolvendo aos poucos para desaguar no movimento lento. (Movimento II:) Sem interromper, inicia-se o movimento lento com a entrada (ainda discreta) do órgão, que desenhará os acordes nos quais se apoiarão as suaves melodias. Um tema meditativo, que não perde o caráter épico do primeiro movimento, mas aqui ainda mais nobre e solene, é o espírito dessa passagem. As cordas cantam de maneira expansiva e lúdica.
III. Scherzo: Allegro moderato — Presto — attacca: IV. Finale: Maestoso — Allegro
(Scherzo: Rápido, mas moderadamente — Muito rápido — sem interrupção: Majestoso — Rápido)
— cerca de 7 minutos, cada um dos movimentos
Um vigoroso Scherzo, que vai rememorar o tema do movimento inicial. Entra em cena o piano tocado a 4 mãos, conferindo graça e excitação ao panorama musical. Outra vez o compositor fará o movimento diluir-se calmamente, para a entrada enfática do órgão no Finale. (Movimento IV:) Com um acorde poderoso e inesperado do órgão, e uma pomposa melodia nas cordas e fanfarras, abre-se a conclusão dessa genial Sinfonia. A seguir, burilando o teclado, as 4 mãos dos dois pianistas criam um efeito sonoro surpreendente. O colorido orquestral é interessantíssimo, e os temas todos cativam com facilidade. Agora o caráter épico da peça irá levar o ouvinte a alturas gigantescas. Perto do fim, acordes imensos sustentados pelo organista criam uma apoteótica atmosfera de júbilo que poucas obras sinfônicas conseguem alcançar.
Ao saber da morte de Liszt, Saint-Saëns resolveu homenagea-lo com a dedicatória, nesta obra que havia sido encomendada pela Sociedade Filarmônica de Londres (a mesma que cerca de meio século antes havia encomendado uma obra a Beethoven, levando-o a compor sua Nona e última Sinfonia).
São 4 movimentos, mas que aparecem ligados formando 2 partes. O órgão só toca nos movimentos pares e o piano só entra nos dois últimos:
I. Adagio — Allegro moderato — attacca: II. Poco Adagio
(Confortavelmente — Rápido moderadamente — sem interrupção: Confortavelmente, com leveza)
— cerca de 9 minutos, o primeiro movimento, e 8 minutos o segundo
Como uma Sinfonia Clássica, ela inicia-se lentamente, um Adagio evocativo, com belas intervenções dos sopros, principalmente das flautas. Logo passamos ao tema, que vai percorrer toda a obra, apresentado com respiração sôfrega das cordas. Estabelece-se um tom épico, de grande jornada, e fanfarras são chamadas a elevar a música às grandes alturas. As idéias musicais vão se dissolvendo aos poucos para desaguar no movimento lento. (Movimento II:) Sem interromper, inicia-se o movimento lento com a entrada (ainda discreta) do órgão, que desenhará os acordes nos quais se apoiarão as suaves melodias. Um tema meditativo, que não perde o caráter épico do primeiro movimento, mas aqui ainda mais nobre e solene, é o espírito dessa passagem. As cordas cantam de maneira expansiva e lúdica.
III. Scherzo: Allegro moderato — Presto — attacca: IV. Finale: Maestoso — Allegro
(Scherzo: Rápido, mas moderadamente — Muito rápido — sem interrupção: Majestoso — Rápido)
— cerca de 7 minutos, cada um dos movimentos
Um vigoroso Scherzo, que vai rememorar o tema do movimento inicial. Entra em cena o piano tocado a 4 mãos, conferindo graça e excitação ao panorama musical. Outra vez o compositor fará o movimento diluir-se calmamente, para a entrada enfática do órgão no Finale. (Movimento IV:) Com um acorde poderoso e inesperado do órgão, e uma pomposa melodia nas cordas e fanfarras, abre-se a conclusão dessa genial Sinfonia. A seguir, burilando o teclado, as 4 mãos dos dois pianistas criam um efeito sonoro surpreendente. O colorido orquestral é interessantíssimo, e os temas todos cativam com facilidade. Agora o caráter épico da peça irá levar o ouvinte a alturas gigantescas. Perto do fim, acordes imensos sustentados pelo organista criam uma apoteótica atmosfera de júbilo que poucas obras sinfônicas conseguem alcançar.
© RAFAEL FONSECA
