(1791) MOZART Abertura "A Clemência de Tito"

La clemenza di Tito

Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart
Número de catálogo: K. 621
Data da composição: 18 dias entre julho e agosto de 1791
Estréia: 6 de setembro de 1791, no Teatro dos Estados, em Praga, regência do autor

Duração: cerca de 4 minutos
Efetivo: 2 flautas, 2 oboeés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpano, e as cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixos)

Era o último ano da vida de Mozart, e ele estava dividido entre os esforços para terminar a Flauta Mágica e o Réquiem, obras de grande envergadura, quando surge uma encomenda à qual ele não poderia recusar: compor uma ópera para as celebrações do Imperador Leopoldo II como Rei da Bohemia em Praga.

Mozart conduziu a estréia poucas horas depois da cerimônia de coroação no Teatro dos Estados. A ópera não foi um sucesso, e a Imperatriz, d. María Luisa de Espanha, nascida em Nápoles, era metida a crítica musical e demoliu a obra com um breve comentário: — "Lixo alemão". A ópera, assim como sua abertura, de fato frequentam pouco os palcos atuais, tanto das Casas de Ópera (no aso da obra completa) como das Salas de Concerto (sua abertura).

A abertura em Allegro é graciosa mas não tem o estofo de outras como a da Flauta Mágica ou As Bodas de Fígaro. Traduz, talvez, o clima de reverência esperado por uma ocasião como aquela e pode denunciar talvez, um Mozart trabalhando por dinheiro, sem paixão.

© RAFAEL FONSECA



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