Lynn Harrell

Lynn Morris Harrel

Nova York, 30 de janeiro de 1944

Instrumentos: Christopher Dungey, 2008
Instrumentos: Domenico Montagnana, 1721

O pai de Lynn, Mack Harrell, era cantor no registro barítono, considerado em seu tempo como o grande intérprete americano de lieder e com carreira de sucesso integrando o cast do Metropolitan. Sua mãe, Marjorie Fulton, era violinista concertante e professora, e teve a obra "Elegia" do compositor modernista Samuel Adler dedicada à ela. Nesse ambiente musical, Lynn começou a aprender violoncelo com 8 anos. Foi discípulo do grande violoncelista Leonard Rose. Formado pela Juilliard School e pelo Curtis Institute, aos 18 anos procurou seu padrinho, o regente-coral Robert Shaw, e este estava dirigindo o Coro de Cleveland junto ao maestro George Szell, e lhe arranjou um teste na prestigiadíssima Cleveland Orchestra. Dois anos mais tarde, Shell o nomeava spalla do naipe de violoncelos. Ele tocou na orquestra como violoncelista-principal de 1964 até 1971, e com a morte de Szell decidiu sair da orquestra e dedicar-se à carreira solo.

Dedicou-se também a ensinar, sendo membro da Royal Academy de Londres e participando ativamente do Festival de Aspen, como solista e professor. Seu estilo de interpretação é mais sóbrio, recusando-se a exibir-se com efeitos fáceis e sedutores. Foi dono de um dos violoncelos que pertenceu a Jacqueline du Pré (um Stradivarius de 1673, hoje tocado por Nina Kotova), e apresenta-se atualmente com dois instrumentos, um Montagnana (um dos mais refinados construtores de violoncelos de Cremona na mesma época dos Stradivari) de 1721, e um Dungey de 2008, sendo um árduo defensor do uso dos instrumentos modernos.

© RAFAEL FONSECA

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