Christian Thielemann

Christian Thielemann

Berlim, 1 de abril de 1959

Estudou piano, cravo e viola Hochschule für Musik de Berlim e com idade de 19 anos foi assistente de Karajan em 1980. Em 1991 foi assistente de Barenboim no Festival de Bayreuth, evento com o qual mantém estreitos laços desde então, por ser sido o regente favorito de Wolfgang Wagner, bisneto do compositor e todo-poderoso do Festival. Por sua associação com Wagner, e por ter regido "Palestrina" de Hans Pfitzner, compositor nazista declarado, viu-se metido num imbróglio anti-semita em 2000 quando um jornalista disse ter ouvido de um proeminente "regente alemão" que a saída de Barenboim da Ópera de Berlim iria "limpar a bagunça judia"; à época, Thielemans era o segundo-regente da casa e maior interessado na vacância do posto. Os desmentidos de sua parte não deixaram de colocar lenha na fogueira de um trauma ainda recente na história da cidade; mas o próprio Barenboim disse não crer que o ataque tenha partido do colega.

Seu primeiro posto importante foi a Filarmônica de Munique, conjunto que dirigiu de 2004 a 2011. Em 2012 assume a Ópera de Dresden e sua Staatskapelle, posto que ainda ocupa. Thielemann se destaca na cena atual por sua posição deliberadamente tradicionalista: não só pelo seu foco no repertório germânico tradicional, dentro do qual é apontado como um dos grandes regentes wagnerianos de nossos dias, mas também por seu maneirismo interpretativo, pendendo para um estilo encorpado, romanticista, titânico, na contra-mão da limpidez transparente que se impôs na era pós-Karajan. Um prato cheio para os admiradores de poderosas sonoridades. 

© RAFAEL FONSECA

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