Compositor: Francis Poulenc
Número de catálogo: FP 93
Data da composição: 1937/8
Estréias: 16 de dezembro de 1938, Paris, em audição privada na Residência da Princesa de Polignac, Maurice Durufflé no órgão, Nadia Boulanger regendo seu conjunto musical
Estréias: 21 de junho de 1939, Paris, Salle Gaveau, Maurice Durufflé no órgão, a Sinfônica de Paris sob regência de Roger Désormière
Duração: cerca de 20 minutos
Efetivo: órgão solista; tímpano, as codas (primeiros- e segundos-violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
Número de catálogo: FP 93
Data da composição: 1937/8
Estréias: 16 de dezembro de 1938, Paris, em audição privada na Residência da Princesa de Polignac, Maurice Durufflé no órgão, Nadia Boulanger regendo seu conjunto musical
Estréias: 21 de junho de 1939, Paris, Salle Gaveau, Maurice Durufflé no órgão, a Sinfônica de Paris sob regência de Roger Désormière
Duração: cerca de 20 minutos
Efetivo: órgão solista; tímpano, as codas (primeiros- e segundos-violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)
A Princesa de Polignac — Winnaretta Singer, herdeira das máquinas de costura Singer — queria um concerto para órgão de fácil execução (para que ela mesma pudesse tocar) e reduzido efetivo, que coubesse em seu salões ou alguma capela. Pediu ao compositor Jean Français, que recusou a encomenda. Mas Poulenc aceitou, em 1937. Já havia escrito dois concertos, um para cravo, de caráter simples e campestre, e outro para dois pianos, ambos no espírito que a Princesa queria. Mas durante o processo de composição, Poulenc viu-se fascinado com todas as possibilidades do órgão como instrumento — que, aliás, são exploradas com maestria na obra — e seduziu-se pela atmosfera de um gênero que estava praticamente abandonado desde o período barroco: "Um Poulenc a caminho do claustro... Um Poluenc século XV!", escreveu a um amigo.
Sem deixar de ser uma obra daquela terceira década do conturbado século XX, o Concerto é de atmosfera barroca, e a introdução do órgão é uma referência direta a Johann Sebastian Bach. A forma adotada é livre, como uma Fantasia, sem movimentos definidos, alternando passagens rápidas e lentas. A combinação entre as sonoridades do órgão e apenas a percussão somada às cordas ajuda a criar ainda mais coesão do discurso, num raro e belíssimo exemplar de Concerto para órgão surgido depois do período Barroco.
Sem deixar de ser uma obra daquela terceira década do conturbado século XX, o Concerto é de atmosfera barroca, e a introdução do órgão é uma referência direta a Johann Sebastian Bach. A forma adotada é livre, como uma Fantasia, sem movimentos definidos, alternando passagens rápidas e lentas. A combinação entre as sonoridades do órgão e apenas a percussão somada às cordas ajuda a criar ainda mais coesão do discurso, num raro e belíssimo exemplar de Concerto para órgão surgido depois do período Barroco.
© RAFAEL FONSECA
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