Sonata barroca

As Sonatas surgem no século XVII , sendo a origem do termo a palavra italiana "suonare", fazer soar, para designar peças instrumentais, nem sempre com muita relação estética ou estrutural entre si; quase tudo que fosse instrumental era assim chamado. 

Já no século XVIII as Sonatas se dividem em duas categorias: Sonatas da Chiesa (da Igreja) e Sonatas da Camara (de Câmara, próprias da Corte), sendo as primeiras mais introspectivas e as segundas vieram a se firmar como a versão camerística das Suites — as seqüências de música dançante — num esquema onde o virtuosismo dos executantes e o caráter concertante da obra são mais explorados. Assim como as Suites, as Sonatas de câmara tinham de 3 a 7 movimentos, alternando rápidos com lentos e tomando como modelo e título de cada trecho as danças típicas da época (Galhardas, Minuetos, Correntes, Sarabandas, Alemandas e outras). 

No final do Barroco, por volta de 1750, as Sonatas já não se diferenciam entre "da Igreja" e "de Câmara" e firmam um esquema de 3 (ou por vezes 4) movimentos. No Classicismo vão passar a designar apenas as obras de câmara para um instrumento acompanhado de piano, ou obras apenas para o piano, obedecendo à chamada forma-sonata. 

© RAFAEL FONSECA