Te Deum

Te Deum são as primeiras palavras do Hino religioso de louvor que, segundo se acreditava na Idade Média, foi ditado por Santo Ambrósio no batismo de Santo Agostinho. Fontes mais sérias atribuem o hino a Nicetas, Bispo de Remesiana (hoje Bela-Palanka, na Sérvia), que o teria escrito no século IV. As liturgias luterana e anglicana também o utilizam.

São 29 versos de louvor que incluem também partes oriundas da Missa (como o Sanctus) e que foram utilizados por muitos compositores para a escrita de Música Sacra. No período Renascentista, destacam-se as obras com este título de Orlando di Lasso e Palestrina, ainda como hinos corais muito próximos da estética gregoriana; no Barroco inaugura-se a tradição de colocar o texto numa música festiva com acompanhamento instrumental, como o de Lully; o Classicismo contará com peças escritas por Mozart, pelos irmãos Haydn (2 da autoria de Joseph e 6 de Michael) e por Giuseppe Sarti; o Romantismo produzirá peças grandiosas, impactantes e imponentes, como o Te Deum de Berlioz (1855), o de Bruckner (1885), o de Dvořák (1892) e o de Verdi (1898).

© RAFAEL FONSECA