Arvo PÄRT

Arvo Pärt

Talim, Estônia, 11 de setembro de 1935

Catálogo: não tem

Quando Pärt tinha 9 anos de idade, a Estônia é ocupada e vira parte da União Soviética; seus primeiros trabalhos se dão sob a estética do neo-classicismo, mas logo ele vai buscar as inovações de seu tempo e a partir de 1960 ele escreve obras — incluindo aí as Sinfonias 1 e 2 — sob a influência do serialismo inspirado em Schoenberg, música que aos olhos do dirigismo cultural Soviético era considerada parte da "decadência da burguesia do ocidente".

Por volta de 1970 vive uma crise e pára de compor. Renunciando ao serialismo, ele vai investigar a música medieval e os Cantos Gregorianos, o que resulta na sua Terceira Sinfonia, de 1971. A partir de 1976 ele cria seu próprio "sistema" de composição, ao qual chamou de "Tintinnabulum", nome derivado do acorde feito pelos sinos, ou seja, ele parte de material simples, trabalha somente com duas linhas melódicas simultâneas e busca os acordes perfeitos (aqueles, de 3 notas, que soam aos ouvidos como belos e confortáveis).

Constantemente às voltas com a censura soviética — afinal, a burrice burocrática não conhece limites — e insatisfeito com a recepção de suas obras dentro da Cortina de Ferro, ele se refugia em 1980 em Viena, indo viver depois em Berlim e Essex (Inglaterra). Somente em 2000 ele pode voltar à Talim natal.

Pärt é hoje um dos mais prolíficos e interessantes compositores contemporâneos.

© RAFAEL FONSECA

Obras em ordem cronológica:

(1977) Fratres