"La Traviata"
(A Transviada, ou a Mulher decaída)
Compositor: Giuseppe Verdi
Número de catálogo: listada como a 19ª ópera do compositor
Data da composição: 1852 a 1853
Estréia: 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, Veneza, regência de Gaetano Mares
Duração: cerca de 4 minutos cada Prelúdio
(A Transviada, ou a Mulher decaída)
Compositor: Giuseppe Verdi
Número de catálogo: listada como a 19ª ópera do compositor
Data da composição: 1852 a 1853
Estréia: 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, Veneza, regência de Gaetano Mares
Duração: cerca de 4 minutos cada Prelúdio
Após assistir à peça teatral "A Dama das Camélias" em Paris, em 1852, Verdi ficou fascinado e quis transformar a história — real, da cortesã Marie Duplessis, cujo amante Alexander Dumas II transformou sua saga no romance de 1848 que deu origem à peça — numa ópera que viria a ser seu maior sucesso em todos os tempos, um dos títulos mais queridos do público.
A saga da anti-heroína Violeta tem em seus dois prelúdios (dos Atos I e III) pontos-chave do dramatismo da peça. Ambos tem muito em comum, como se um derivasse do outro, ambos tem o mesmo âmago mas destinam-se a desdobramentos diferentes:
Ato I. Preludio: Adagio
(Prelúdio do Primeiro ato: Lento)
Os violinos impõe uma atmosfera de tristeza e reflexão (componentes que serão explorados em cena pela protagonista ao longo do enredo) que caminha num crescendo para um êxtase de insatisfação, quando de repente os sopros dão um toque desconcertante de jocosidade, preparando para a valsa de salão apaixonada e sublime; mas o clima de festa é entrecortado pelos violoncelos, que avisam que algo não está bem. Mas logo os próprios violoncelos se rendem à festa e ao deleite, fazendo o movimento terminar dúbio, meio reflexivo, meio festivo.
Ato III. Preludio: Andante
(Prelúdio do Terceiro ato: A passo de caminhada)
Iniciando quase que identicamente como o prelúdio anterior, mas neste a frase do violino é mais entregue, remete mais à solidão e ao desespero da personagem (que agora, pouca esperança tem). Como que uma valsa derivada daquela que foi entoada no movimento anterior, esta desenvolve-se triste, lírica, muito mais tocante, mais sôfrega, desejosa, como quem chora pedindo por outra chance; mas a música caminha para um fim delicado (em pizzicato) mas implacável, afinal, a vida não concedeu a Violeta uma segunda vez...
A saga da anti-heroína Violeta tem em seus dois prelúdios (dos Atos I e III) pontos-chave do dramatismo da peça. Ambos tem muito em comum, como se um derivasse do outro, ambos tem o mesmo âmago mas destinam-se a desdobramentos diferentes:
Ato I. Preludio: Adagio
(Prelúdio do Primeiro ato: Lento)
Os violinos impõe uma atmosfera de tristeza e reflexão (componentes que serão explorados em cena pela protagonista ao longo do enredo) que caminha num crescendo para um êxtase de insatisfação, quando de repente os sopros dão um toque desconcertante de jocosidade, preparando para a valsa de salão apaixonada e sublime; mas o clima de festa é entrecortado pelos violoncelos, que avisam que algo não está bem. Mas logo os próprios violoncelos se rendem à festa e ao deleite, fazendo o movimento terminar dúbio, meio reflexivo, meio festivo.
Ato III. Preludio: Andante
(Prelúdio do Terceiro ato: A passo de caminhada)
Iniciando quase que identicamente como o prelúdio anterior, mas neste a frase do violino é mais entregue, remete mais à solidão e ao desespero da personagem (que agora, pouca esperança tem). Como que uma valsa derivada daquela que foi entoada no movimento anterior, esta desenvolve-se triste, lírica, muito mais tocante, mais sôfrega, desejosa, como quem chora pedindo por outra chance; mas a música caminha para um fim delicado (em pizzicato) mas implacável, afinal, a vida não concedeu a Violeta uma segunda vez...
© RAFAEL FONSECA
Prelúdio do Ato I:
Prelúdio do Ato III: