Luís de FREITAS BRANCO

Luís Maria da Costa de Freitas Branco

Lisboa, 12 de outubro de 1890 — Lisboa, 27 de novembro de 1955

Não tem catálogo

Freitas Branco nasce numa família aristocrática de Lisboa e logo na infância aprende a tocar violino e piano. Em 1907, aos 17 anos, compõe sua primeira obra sinfônica, o "Scherzo Fantástico". Vai estudar em Berlim, a partir de 1910, onde foi aluno de Humperdinck; lá, a audição de "Pelleas et Mélisande" de Debussy traduz-se num impacto profundo; seu Poema Sinfônico "Paraísos Artificiais" é escrito em seguida, sob a emoção dessa experiência. No ano seguinte, 1911, conhece Debussy pessoalmente em Paris, e a influência do Impressionismo musical irá dominar toda a sua primeira fase criativa, a mais interessante.

A partir de 1916, quando escreve seu Concerto para violino, passa a adotar um estilo mais afeito ao pós-Romantismo, com forte identificação com as obras do francês César Franck. 

Sua Primeira Sinfonia, de 1924, re-introduz em Portugal o espectro das grandes criações instrumentais, já que o último português a escrever Sinfonias no país foi Domingos Bomtempo, morto em 1842 — com a exceção de uma Sinfonia de Vianna da Mota escrita em 1895 — e a cidade de Lisboa nesta altura só contava com uma única orquestra regular, a do Teatro São Carlos, com repertório quase totalmente voltado à ópera italiana.

Adquire uma imensa importância na vida musical portuguesa, também como musicologista, crítico e professor. A partir da década de 1930 começou a ter problemas com a política vigente e em 1939 teve cassado seu posto no Conservatório de Lisboa sob a acusação de irreverência em sala de aula e comportamento impróprio. Magoado, retirou-se da vida pública e mergulhou em seu trabalho de investigação da música portuguesa da era Renascentista. 

© RAFAEL FONSECA

Obras em ordem cronológica:

(1910) Poema Sinfônico "Paraísos Artificiais"