Rafael Fonseca | Guia dos Clássicos

Michel Corboz

Michel Corboz

Marsens, Suíça, 14 de fevereiro de 1934

Formou-se em música no Conservatoire de Fribourg, na Suíça, onde estudou canto e composição, voltando-se à música coral. Em 1953 torna-se director de coro de uma igreja em Lausanne. Em 1961 funda o Ensemble Vocal de Lausanne, e em 1968 funda o Ensemble Instrumental de Lausanne para acompanhar o coro pré-existente, que havia angariado, rapidamente, fama mundial. Em 1969 assume a direção do Coro da Fundação Gulbenkian de Lisboa, onde já colaborava desde 1964, posto que mantem até hoje. Em 1976 é nomeado professor de música coral do Conservatoire Supérior de Musique de Genebra, posição que ocupará até 2004. Desde 2015 permanece como principal diretor do Ensemble Vocal de Lausanne mas dividiu as atividades com o jovem regente Daniel Reuss. É uma das maiores autoridades em música sacra barroca de nosso tempo.

Conjunto Instrumental de Lausanne

Ensemble Instrumental de Lausanne

Fundação: 1968
Sede: Lausanne, Suíça

O conjunto Instrumental de Lausanne é uma orquestra de câmara criada pelo maestro Michel Corboz para acompanhar o renomado Ensemble Vocal de Lausanne, conjunto coral criado por ele 7 anos antes. Com uma trajetória respeitadíssima, um catálogo de gravações invejável e aparição nos grandes festivais e melhores salas de concerto do mundo, eles são especializados em obras sinfônico-corais pré-Romantismo, embora algumas obras de grande porte (como o Réquiem de Verdi) estejam dentro do seu repertório.

Peter Harvey

Peter Harvey

Inglaterra, 1958

Registro vocal: barítono, baixo-barítono

Iniciou-se na música integrando o coral do Magdalen College, em Oxford e concluiu os estudos musicais na Guildhall School of Music em Londres. Sua especialidade foi, desde o início, o repertório barroco, sobretudo as obras de Johann Sebastian Bach, compositor do qual interpretou todas as cantatas com participação para seu registro vocal em 2000 no projeto desenvolvido pelo Monteverdi Choir do maestro John Eliot Gardiner. Em 2014 fundou o conjunto vocal e instrumetal Magdalena Consort, na cidade de Oxford.

André Baleiro

André Baleiro

Lisboa, 1989

Registro vocal: barítono

Graças ao talento precoce, foi inscrito aos 10 anos de idade no Instituto Gregoriano de Lisboa. Na Escola Superior de Música de Lisboa ele se especializou em regência coral. Com bolsa da Fundação Gulbenkian, foi aperfeiçoar-se em Berlim na Universität der Künste. Em 2012 foi o segundo colocado no Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa, o que deslanchou sua carreira internacional; mas a consagração veio em 2019 quando ele vence o Concurso Emmerich Smola promovido pela Südwestrundfunk (Rádio SWR, do Sudoeste alemão).

Hans Jörg Mammel

Hans Jörg Mammel

Stuttgart, 1964

Registro vocal: tenor

Fez parte, desde menino, do Stuttgarter Hymnus-Chorknaben (Coro dos meninos para música religiosa de Stuttgart). A princípio iniciou advocacia, mas acabou abandonando para estudar canto na Hochschule für Musik de Freiburg. Dentre seus estudos de aperfeiçoamento, foi aluno da lendária soprano Elizabeth Schwarzkopf. Especializou-se no repertório de obras sacras de concerto, bem como nos ciclos de canções do Romantismo, como os de Schubert, Brahms e Schumann. No campo da música contemporânea, incentiva a propagação de novas obras e participou de estréias do compositor Karlheinz Stockhausen.

Marco Alves dos Santos

Marco Alves dos Santos

Vila Franca de Xira, Portugal, 27 de julho de 1975

Registro vocal: tenor

Foi descoberto aos dez anos de idade por um professor de música cego que se encantou por seu timbre de voz. Interessou-se por piano e trompete, mas o canto prevaleceu. Estudou cno Conservatório de Lisboa, e depois, graças a uma bolsa da Fundação Gulbenkian, o tenor português graduou-se na Guildhall School of Music em Londres. Sua carreira teve início na Opéra National du Rhin, em Estrasburgo, na França, cantando o papel de Tamino da "Flauta Mágica" de Mozart. Homem de vida simples, continua morando na casa dos pais em Vila Franca de Xira, vilarejo integrante da metrópole de Lisboa, gosta de se vestir despojadamente e cativa as platéias com voz suave e de fraseado fluido, cheio de poesia.

Marianne Beate Kielland

Marianne Beate Kielland

Lørenskog, Noruega, 12 de outubro de 1975

Registro vocal: mezzo-soprano

Graduada pela Academia Nacional de Música de Oslo em 2000, Marianne logo se firmou na Noruega como a melhor mezzo em atividade. Sua carreira internacional começou em 2001, contratada pelo Staatstheater de Hannover. Seu repertório é vasto, do renascentista Dowland, passando por Bach, Schubert, Brahms, Bruckner até os contemporâneos. Em 2012 venceu o Grammy de melhor desempenho vocal na música clássica.

Ana Quintans

Ana Quintans

Lisboa, 1975

Registro vocal: soprano

A soprano portuguesa primeiro estudou escultura, graduando-se pela Escola de Belas Artes de Lisboa, e posteriormente ingressou em 1998 no Conservatório de Lisboa para estudar canto lírico. Ganhou da Fundação Gulbenkian uma bolsa e foi aperfeiçoar-se em Gent na Flanders Opera-studio.

Seus primeiros passos na carreira foram através da música renascentista, sobretudo Monteverdi, e logo ela era requisitada pelos grandes nomes da Música Antiga, como William Christie do Les Arts Florissants e Marc Mincowski dos Musiciens du Louvre. Expandiu seu repertório e cativa as platéias com seu timbre límpido, voz leve e grande expressividade.

Grande Teatro da Provença

Grand Théâtre de Provence

1.370 lugares

Inauguração: 29 de junho de 2007
Local: 380 Avenue Max Juvénal, Sextius Mirabeau, Aix-en-Provence, França
Projeto: Vittorio Gregotti e Paolo Colao

O teatro foi construído como parte do novo bairro de Sextius Mirabeau, para abrigar o Festival de Arte Lírica de Aix-en-Provence, que acontece todo verão desde 1948. Suas formas e o revestimento de pedras são inspiradas no desenho da montanha de Sainte-Victoire, que se vê ao fundo, na paisagem. Com o aumento da capacidade de público oferecido pelo novo teatro, Aix ganhou em 2013 um novo festival, na Páscoa, dirigido pelo violinista Renaud Capuçon. Uma curiosidade tecnológica: ele está apoiado num estrutura em forma de mola, gigantesca, que elimina a vibração provocada pela estrada de ferro que passa próxima.

Orquestra Sinfônica de Basel

Basler Sinfonie-Orchester, ate 1997
Sinfonieorchester Basel

Fundação: 1876
Sede: Stadtcasino, Steinenberg 14, Basel

A mais antiga orquestra da Suíça, foi fundada para ocupar o Casino de Basel, à época em construção. Durante sua história, deu as estréias de obras de Bartók, Honneger e Martinů. Foi regida por gigantes como Brahms, Mahler, Furtwängler e Klemperer. Em 1997 absorveu os músicos da Orquestra da Rádio local e mudou ligeiramente a nomenclatura (no alemão, passou de Sinfonie-Orchester para Sinfonieorchester) apenas para marcar a nova fase. Desde então seus diretores foram o suíço Mario Venzago (de 1997 a 2003), o esloveno Marko Letonja (de 2003 a 2006), o americano Dennis Russell Davies (de 2009 a 2016) e tem, desde então, o inglês Ivor Bolton à frente.