Peter Serkin

Peter Adolf Serkin

Nova York, 24 de julho de 1947

Filho do lendário pianista Rudolf Serkin e neto do não menos lendário violinista Adolf Busch (precursor nas gravações para o gramofone da obra de Bach), Peter entrou para o Curtis Institute of Music em 1958 com 11 anos de idade. Talento muito precoce, viu sua carreira começar logo no ano seguinte, 1959, com 12 anos: estreou no Festival de Marlboro — festival fundado por seu pai e seu avô, que tinham migrado na década de 1940 para os Estados Unidos, fugidos do nazismo. Serkin pai era tcheco de família de judeus russos. Busch (avô) não era judeu mas saiu da Alemanha em solidariedade ao genro, e por se opor às políticas persecutórias. Com 19 anos, ganhou em 1966 seu primeiro Grammy por uma gravação dos Concertos de Mozart (território no qual o pai era um luminar).

Em 1968, com a perspectiva da paternidade — e, certamente, por ter experimentado uma infância distante do pai artista — decide parar de tocar e muda-se com a esposa e a filha ainda bebê para uma cidadezinha rural no México. Até que um dia, em 1971, ouve, do rádio de uma casa próxima, música de Bach: era o sinal claro de que sua vida era música. Voltou aos Estados Unidos e retomou a carreira.

Com um repertório super abrangente, desde Bach (do qual já gravou as Variações Goldberg 4 vezes) até os contemporâneos, ele tem um toque elegantíssimo, com um fraseado lírico tão natural e espontâneo.

© RAFAEL FONSECA



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