Orquestra Filarmônica Real de Londres

Royal Philharmonic Orchestra
RPO

Fundação: 15 de setembro de 1946
Sede: Cadogan Hall, Londres, Reino Unido

A orquestra tem sua origem na Real Sociedade Filarmônica de Londres, organização de concertos fundada em 1813 e que foi responsável pela encomenda de duas Sinfonias a Beethoven que resultaram na composição da Nona Sinfonia. Na Londres da década de 1930, os concertos dessa Real Sociedade estavam a cargo da Filarmônica de Londres, criada pelo maestro Thomas Beecham. Durante a Segunda Guerra Mundial, as atividades foram interrompidas e Beecham foi buscar postos nos Estados Unidos, onde esteve à frente da Sinfônica de Seattle e do Metropolitan em Nova York. Ao final da Guerra, Beecham volta a Londres e encontra a "sua" Filarmônica com novo estatuto e independente de seu despotismo. Sua reação foi, rapidamente, organizar uma nova orquestra, cuja primeira função seria cumprir a agenda de concertos da Real Sociedade. Surge, então, a Filarmônica Real com o consentimento do Rei George VI.

Beecham conseguiu montar um time de sonhos com os melhores músicos ingleses. Logo a orquestra seria, também, a residente no Festival de óperas em Glyndebourne. Até a morte de Beecham em 1961, a orquestra viveu uma era especial, fez gravações maravilhosas com vários grandes regentes e solistas, muitos deles membros da própria orquestra — era músico da RPO o melhor trompista do mundo na época, Dennis Brain.

Após a morte de Beecham, a orquestra esteve a cargo de seu ex-assistente, o alemão Rudolf Kempe. Embora Kempe fosse excelente regente, o carisma e empreendedorismo de Beecham fizeram falta, e os melhores músicos saíram, a orquestra perdeu tanto seu lugar no Festival de Glyndebourne quanto na série da Real Sociedade de Concertos. Até o título "Real" esteve ameaçado em 1963, celeuma resolvida em 1966 com a aquiescência de Elizabeth II. O apoio dos regentes Adrian Boult e Malcolm Sargent foi fundamental nesse período para que a orquestra mantivesse seu nível de excelência.

Kempe deixou a orquestra em 1975, um ano antes de morrer. Assumiu o pódio o húngaro Antal Doráti, ficando até 1980 e mantendo a RPO entre as grandes orquestras do país. A partir daí a orquestra teve uma seqüência de regentes famosos, porém nenhum com a estatura dos anteriores: com Walter Weller (1980-1985), André Previn e Vladimir Ashkenazy (juntos entre 1985 e 1992), e o russo Yuri Temirkanov (1992-1996), a orquestra manteve-se com boa sonoridade, realizando boas gravações, mas longe de alcançar o prestígio e a influência de suas irmãs londrinas LSO e LPO

Em 1996 a aposta num jovem italiano converteu-se em grande acerto: com Daniele Gatti a Filarmônica Real voltava a experimentar a excelência de outrora. Desde 2009 o suíço Charles Dutoit é responsável pelo conjunto.

© RAFAEL FONSECA

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