André PREVIN

Andreas Ludwig Priwin
André George Previn

Berlim, 6 de abril de 1929

Catálogo: Em processo de catalogação por Frédéric Döhl, contendo trilha-sonora para 18 filmes, 9 ciclos de canções, peças para piano, bastante música de câmara (incluindo Sonatas, Trios, Quartetos de cordas), e mais de 20 obras sinfônicas (principalmente Concertos, dentre eles para violoncelo, violino, piano, harpa e mais)

Começou a estudar piano com seu pai — advogado de sucesso e talentoso pianista amador — e entra aos 6 anos na Hochschule für Musik em Berlim, mas em 1938 sua família, de origem judaica, se vê obrigada a sair da Alemanha. Por um curto período, frequentou o Conservatório de Paris, mas a recrudescência do anti-semitismo, mesmo na França, leva seu pai a decidir deixar a Europa. Como seu tio Charles era compositor para filmes e diretor musical da Universal em Hollywood, eles foram para os Los Angeles, Estados Unidos, em 1939. Provavelmente foi por conta do sobrenome americanizado dos parentes de lá que ele adotaria novo nome.

Os estúdios de cinema contratam o então jovem e talentoso pianista de jazz para orquestrar partituras para os filmes, e logo ele terá encomendas para escrever a própria música e, por consequência, irá reger as obras de sua autoria para os filmes, o que fará dele interessado, mais e mais, em regência. 

Enquanto estudava para se aprofundar nas técnicas de composição, trabalhava como pianista de jazz em bares noturnos, além de reunir músicos das orquestras dos estúdios de cinema para reger concertos com obras do repertório clássico. Como se não bastasse tanta diversidade, o grande violinista Joseph Szigeti o convida para acompanhá-lo em música de câmara. 

Agora como cidadão americano, em 1950 é chamado ao serviço militar, e estando baseado em San Francisco, vai ter aulas com o regente da Sinfônica local, à época ninguém menos que Pierre Monteaux. 

Ganha o Oscar por sua música para "Gigi" em 1958 e a adaptação de "Porgy and Bess" em 1959. Em 1962 faz sua estréia como regente à frente da Sinfônica de Saint Louis e compõe sua primeira peça sinfônica importante, uma Sinfonia para cordas. Mais dois Oscars, em 1963 por "Irma la Douce" e em 1964 por "My Fair Lady". Mas seu nome, nesse tempo, era mais conhecido como pianista de jazz, com muitos discos lançados. 

Em 1967 é escolhido regente-principal da Sinfônica de Houston, após o mandato do inglês John Barbirolli. Em 1968 escreve o Concerto para violoncelo e no mesmo ano a Sinfônica de Londres o escolhe como regente-principal, e seu trabalho à frente dessa excelente orquestra firma seu nome no estrelato clássico. Como Bernstein fazia nos Estados Unidos, ele levou a música clássica à tevê britânica, com concertos didáticos. Conquistou o público inglês regendo Mozart do teclado do piano, criando um novo padrão para as obras de Rachmaninov, e dando especial atenção aos compositores ingleses como Vaughan Williams, William Walton e Benjamin Britten; ficou até 1979. Depois, foi regente da Sinfônica de Pittsburgh de 1976 a 1985 e da Royal Philharmonic de 1985 a 1991 quase ao mesmo que dirigiu a Filarmônica de Los Angeles (1985 a 1989). 

Em 1998 o seu grande momento como compositor: estréia em San Francisco sua ópera "A Streetcar Named Desire", baseada na peça de Tennessee Williams. Com seu nome famoso em tantas frentes — como pianista clássico, pianista de jazz, regente, compositor para o cinema, de musicais e de obras clássicas — Previn ainda é lembrado por dois de seus 5 casamentos: com a atriz Mia Farrow, de 1970 a 1979, e recentemente com a violinista Anne-Sophie Mutter, de 2002 a 2006, para quem ele escreveu o Concerto para violino e com quem continua se apresentando em música de câmara.

© RAFAEL FONSECA

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