Teatro Bolshoi

Bol'shój teátr — transliteração de Большо́й теа́тр
Grande Teatro
 
2.200 lugares

Inauguração: 18 de janeiro de 1825
Local: Teatral'naja pl., 1., Moscou, Rússia
Projeto: Ósip Ivánovich Bovet

A história do Bolshoi remonta a 1776, quando Catarina a Grande deu ao Príncipe Urusov o privilégio de realizar empreendimentos artísticos para a Corte. Com um sócio inglês, Michael Maddox, Urusov abre o Grande Teatro (Bolshoi Teátr) em 1780, no local onde está hoje o edifício atual. Um incêndio destruirá o teatro em 1805, arruinando a companhia criada por Maddox.

Um novo teatro será construído em outro local, mas com as invasões de Napoleão em 1812, novos incêndios atingem a cidade. Depois disso, a Praça Petrovskaya, local do primeiro Bolshoi, receberá reconstrução neo-clássica, e ali surgirá o atual Bolshoi, com projeto de Ósip Bovet, inaugurado em 1825 com a ópera "Ruslan e Ludmila" de Glinka.

Um novo incêndio irá atingir o Bolshoi em 1853. O arquiteto Albert Kavos foi chamado e em seguindo os planos originais de Bovet, promoveu a reforma em apenas 3 anos, para que a re-abertura coincidisse com a coroação do Czar Alexandre II em 1856.

A Revolução de 1917 vai ver o teatro, a princípio, como símbolo do supérfluo da cultura elitista da burguesia. Mas depois da Segunda Guerra houve a preocupação de reforçar as tradições culturais, e o Bolshoi ganha projeção mundial graças ao seu corpo de balé.

O colapso da União Soviética em 1990 trará dificuldades ao Bolshoi, que viveu momentos de decadência explícita pela falta de investimentos. Em 2005 iniciou-se uma grande reforma que irá durar 6 anos e custar 15 vezes mais que o orçado. Um escândalo em torno de faturas pagas 3 vezes, bailarinas denunciando serem pressionadas a atuar como acompanhantes de figurões políticos, e as bilheterias envolvidas com uma máfia que esgota os ingressos rapidamente para vendê-los pelo dobro do preço...

Mas o Bolshoi hoje brilha com todo o seu esplendor, é referência máxima em balé — sendo que a única escola de dança deles fora da Rússia é em Joinville, Santa Catarina, Brasil — e mantém um respeitável repertório de óperas russas e estrangeiras, com cerca de 30 títulos oferecidos ao público por ano.

© RAFAEL FONSECA


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