O gênero surge no século XIX, tomado emprestado do universo da música de câmara, onde muitas são as "peças" para piano ou pequeno conjunto, que na falta de uma nomenclatura específica, são assim chamadas, de modo bastante genérico e descompromissado.
A escrita das "Peças" orquestrais tomam força nos catálogos dos compositores do século XX, uma vez que num tempo de tantas transformações e experiências, a nomenclatura antiga já não fazia sentido. "Peças" serão derivadas das Sinfonias, no sentido de que usam a combinação dos sons de uma orquestra, mas não têm qualquer compromisso com a forma (os 4 movimentos e a estruturação típica do tratamento dos temas musicais). Também serão parentes próximas dos Poemas Sinfônicos, por efeito e retórica utilizados, mas não estão trazendo nenhuma história ou sub-texto em seu conteúdo.
Em suma, são simplesmente isso: Peças, trechos, momentos sinfônicos.
© RAFAEL FONSECA
