Concerto Grosso

É o primeiro gênero de Concerto a aparecer. Na verdade, deriva-se das Sonatas barrocas — Sonare, do fazer soar, as primeiras peças instrumentais para tocar em conjunto  — nas quais a linguagem concertante, ou seja, de diálogo e conversa entre instrumentos, já era empregada. 

Concerto Grosso traduz-se, literalmente, por Concerto Grande. Isso nos dá a idéia de que os compositores queriam aguçar o caráter concertante da peça, e para isso elegiam, dentro do pequeno efetivo de instrumentistas, um grupo solista (chamado concertino, em geral 2 violinos e 1 violoncelo) para dialogar com o ripieno, ou tutti ou concerto grosso (que era o restante do conjunto), daí o nome.

Esteticamente o Concerto Grosso é mais um jogo no qual em algumas passagens um pequeno grupo se destaca, sem ainda adquirir o discurso concentrado num único solista dialogando com o resto. Esse passo seguinte, o desenvolvimento do Concerto com um único solista — como permanece até hoje — foi natural e permite mais recursos, mas alguns Barrocos tardios faziam citações ao estilo primeiro, como Bach no seu Brandemburgo n. 3 e Vivaldi no seu Alla Rustica.

© RAFAEL FONSECA