Konzerthaus

Königliches Schauspielhaus (Real Casa de espetáculos, de 1821 a 1870)
Preußisches Staatstheater (Teatro do Estado Prussiano, de 1870 a 1944)
Schauspielhaus (Casa de espetáculos, de 1944 a 1994)
Konzerthaus (Casa de concertos, desde 1994)

1.412 lugares na Großer Saal (Grande Sala)

Inauguração: 26 de maio de 1821 — 1 de outubro de 1984 (re-abertura)
Local: Gendarmenmarkt, Berlim, Alemanha
Projeto: Karl Friedrich Schinkel

Tudo começa no distante ano de 1776, quando o Rei Frederico II manda construir a Französisches Komödienhaus (Casa de Comédias Francesas) para o divertimento de sua corte. É logo re-batizado de Königliches Nationaltheater (Real Teatro Nacional) em 1787. Ali, Mozart regeu sua ópera "O Rapto do Serralho" em 1789. Este prédio é demolido em 1801 para dar lugar a um mais moderno. Em 1804 inaugura-se o Novo Teatro Nacional. Nele, Schiller encena "Stücke". Um incêndio destrói o edifício em 1817.

Em 1818 o Rei Frederico Guilherme III autoriza a construção de um novo edifício, agora com projeto de Karl Friedrich Schinkel. A Real Casa de espetáculos é inaugurada em 1821 com o Drama "Ifigênia em Táuride" de Goethe. Logo em junho, a estréia de "O Franco Atirador", ópera de Carl Maria von Weber. Em 1829, a estréia berlinense da Nona Sinfonia de Beethoven. O teatro vai ser palco da apresentação de inúmeros pilares da cultra européia, como Mendelssohn, Liszt e Wagner. A noite de 29 de julho de 1945 será a última na qual o brilho do velho prédio será visto. No dia seguinte, o bombardeio aliado deixa tudo em ruínas.

Em 1979 tem início a re-construção do edifício histórico. A construção estende-se até 1984. Na noite de 1 de janeiro de 1987, um concerto de gala da Sinfônica de Berlim sob a direção de Kurt Sanderling reabre o Salão principal. 

Em 1989 um momento histórico, a Casa é palco da celebração mais emblemática da queda do muro: o maestro Leonard Bernstein reúne membros de várias orquestras diferentes, cada uma simbolizando a reunificação da cidade — corais de Dresden e Munique, músicos da Orquestra de Paris, da Sinfônica de Londres, do Teatro Kirov de Moscou, da Sinfônica da Baviera, da Capela Estadual de Dresden e da Filarmônica de Nova York — para a execução da Nona de Beethoven. Um maestro judeu e o concerto a 25 de dezembro, o dia do Natal cristão. E o texto de Schiller, numa ousadia que só poderia ter partido de Bernstein, alterado. Ao invés de cantar "freund" (alegria), o coro entoou a plenos pulmões "freiheit" (liberdade).

Em 1994 foi renomeada Konzerthaus e desde 2006 tem, oficialmente, a ex-Sinfônica de Berlim (atual Orquestra da Konzerthaus) como orquestra residente.

© RAFAEL FONSECA