L'Estro Armonico
(Parte da Coletânea de 12 Concertos intitulada "Inspiração Harmônica")
Compositor: Antonio Vivaldi
Número de catálogo: Opus 3 n. 8 / P 2 / F I 177 / RC 413 / RV 522
Data da composição: antes de 1711
Estréia: ?
Duração: cerca de 11 minutos
Efetivo: 2 violinos solistas; cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixos) e baixo-contínuo (geralmente, 1 cravo)
(Parte da Coletânea de 12 Concertos intitulada "Inspiração Harmônica")
Compositor: Antonio Vivaldi
Número de catálogo: Opus 3 n. 8 / P 2 / F I 177 / RC 413 / RV 522
Data da composição: antes de 1711
Estréia: ?
Duração: cerca de 11 minutos
Efetivo: 2 violinos solistas; cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixos) e baixo-contínuo (geralmente, 1 cravo)
Também parte do "Estro Armonico" que Vivaldi publicou em Amsterdam em 1711, como era a praxe na época: era muito caro mandar imprimir as partituras, então os compositores renomados o faziam em conjuntos de obras. Na coletânea, este é o Concerto número 8, para 2 violinos solistas (junto a outros para 1, 3 e 4 violinos solistas).
O esquema é o tradicional vivo-lento-vivo:
I. Allegro (Rápido)
Este começa mais se assemelhando a um Concerto Grosso — que ele não deixa de ser — com toda a orquestra se apresentando desde o início, e dela "brotam" os 2 solistas (apenas 2 violinos, sem o apoio de um violoncelo como em alguns outros Concertos da mesma série). A conversa se dá mais em função do fluxo melódico, convidativo e poderoso. É como se esse fosse um Concerto mais antigo, no qual os solistas sobressaem-se porém não tomam protagonismo muito destacado.
II. Larghetto e spiritoso (Sem arrastar e espirituoso)
Página reflexiva de grande beleza, os violinos se repetem, cada um à sua vez, numa quase oração que é ecoada pelo restante da orquestra, numa atmosfera de grande delicadeza. Curiosamente, a clareza estética deste movimento nos remete a um classicismo mozartiano que demoraria ainda uns 3/4 de século para aparecer.
III. Allegro (Rápido)
De novo temos de volta o esquema do Concerto Grosso, com os solistas "se desprendendo" da orquestra. O diálogo entre os solistas é bastante rico e variado, sempre entrecortados pelos tutti das cordas.
Fascinado com a facilidade melódica do colega italiano, Bach iria transcrever esta partitura para órgão (BWV 593).
O esquema é o tradicional vivo-lento-vivo:
I. Allegro (Rápido)
Este começa mais se assemelhando a um Concerto Grosso — que ele não deixa de ser — com toda a orquestra se apresentando desde o início, e dela "brotam" os 2 solistas (apenas 2 violinos, sem o apoio de um violoncelo como em alguns outros Concertos da mesma série). A conversa se dá mais em função do fluxo melódico, convidativo e poderoso. É como se esse fosse um Concerto mais antigo, no qual os solistas sobressaem-se porém não tomam protagonismo muito destacado.
II. Larghetto e spiritoso (Sem arrastar e espirituoso)
Página reflexiva de grande beleza, os violinos se repetem, cada um à sua vez, numa quase oração que é ecoada pelo restante da orquestra, numa atmosfera de grande delicadeza. Curiosamente, a clareza estética deste movimento nos remete a um classicismo mozartiano que demoraria ainda uns 3/4 de século para aparecer.
III. Allegro (Rápido)
De novo temos de volta o esquema do Concerto Grosso, com os solistas "se desprendendo" da orquestra. O diálogo entre os solistas é bastante rico e variado, sempre entrecortados pelos tutti das cordas.
Fascinado com a facilidade melódica do colega italiano, Bach iria transcrever esta partitura para órgão (BWV 593).
© RAFAEL FONSECA
