Pinchas Zukerman

Pinchas Zukerman
(transliteração de פנחס צוקרמן)

Tel-Aviv, 16 de julho de 1948

Instrumentos: violino — Dushkin, de Guarnieri del Gesù, 1742
Instrumentos: viola — Andrea Guarneri, de 1670

Descendente de judeus poloneses, Zukerman mostrou extraordinária habilidade musical desde muito cedo, começando a tocar flauta com 4 anos; logo aprendeu clarineta e depois violino. Seu pai, o violinista Yehuda Zukerman, o inscreveu na Academia Musical de Tel-Aviv com apenas 8 anos. Em 1961 ele foi ouvido pelas lendas Issac Stern (violinista) e Pablo Casals (violoncelista), que ficaram fortemente impressionados com o talento do jovem de 13 anos! Stern assumiu a tutela do menino e o levou consigo para Nova York, onde ele concluiu seus estudos na famosa Juilliard School.

Sua estréia profissional foi em Nova York em 1963 e foi seguida de turnês à Europa — com uma aparição fulgurante no Festival de Spoleto na Itália em 1966 — e pelos Estados Unidos. Em 1969, as primeiras gravações, e com nomes importantes: do Concerto de Mendelssohn com a Filarmônica de Nova York e Leonard Bernstein e do Concerto de Tchaikowsky com a Sinfônica de Londres com Antal Doráti.

Dominando também a viola, em 1971 ele grava com o mestre Isaac Stern ao violino e o amigo Daniel Barenboim na regência da English Chamber Orchestra a Sinfonia-concertante para violino e viola de Mozart. Desde então incluiu em seu repertório esta obra, o Concerto para viola de Bartók, e "Haroldo na Itália" de Berlioz além de outras obras com a viola solista.

Tem especial carinho, desde sempre, pela música de câmara. É lendário o registro em vídeo de 1969 da "Truta" de Schubert com Barenboim, Itzhak Perlman, Barenboim, Jacqueline du Pré e Zubin Mehta. Com Barenboim ele gravou todas as Sonatas para violino e piano de Beethoven.

Em 1971 começou a atuar como solista e regente ao mesmo tempo, liderando Concertos de Bach e Vivaldi. Mais tarde, faria o mesmo com os Concertos de Mozart. Em 1974 estréia como regente sinfônico no Royal Festival Hall de Londres à frente da Orquestra "Philharmonia". Como regente ou solista, estreou obras de Knussen, Boulez, Lutosławski e Takemitsu.

Como violinista produz uma sonoridade sofisticada, com colorido e clareza, obtendo o máximo das frases musicais, mas sem ser por demais dramático ou emotivo. Pode-se dizer que Zukerman apresenta-se como um intérprete mais austero, mais voltado aos aspectos da estrutura musical, do lirismo e da beleza das partituras.

© RAFAEL FONSECA